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Vale a pena usar cartão nas viagens ao exterior? - parte I

Depois de ter assumido valores superiores a R$4,00 no primeiro semestre deste ano (fechou acima de R$4,16 no dia 21 de janeiro último), na última sexta-feira vimos o dólar recuar a R$3,25. Já esteve mais baixo em passado recente, sim. Mas o importante é acompanhar a curva neste período, demonstrando uma representativa expectativa de baixa. Durante este período, sem dúvidas levou vantagem quem utilizou o cartão de crédito para efetuar seus pagamentos no exterior. Todavia, o cenário era o inverso: o dólar vinha subindo e pagar no cartão de crédito vinha trazendo valores extras a serem acertados nas faturas seguintes. Difícil avaliar para que lado vai a cotação americana nos próximos meses. Se até os melhores economistas, especialistas ligados a grandes instituições financeiras, acertam e erram em torno de 50% das vezes, o que se dirá de mim... :-) Não ouso, portanto, arriscar um palpite para o fechamento do ano.

O ideal é ir posicionando-se em moeda internacional aos poucos, seja comprando moeda em espécie, seja investindo em algum fundo cambial (fazendo hedge, ou proteção). Assim você consegue um preço médio, o que é mais seguro (financeiramente falando) do que buscar acertar o preço mínimo (e acabar pagando o máximo).

A ideia é comprar moeda ou aplicar o mesmo valor em fundo cambial. Uma coisa ou outra. Investir em fundos cambiais substitui a compra de moeda em espécie, pois os recursos do fundo serão os responsáveis pelo pagamento da fatura do cartão de crédito. Ou seja, compra a moeda quem quer pagar em dinheiro, aplica no fundo cambial quem quer pagar com cartão de crédito. Ao aplicar em fundo cambial você faz um hedge: você trava o câmbio para você, mesmo que o valor das moedas flutue. Por exemplo, suponhamos que você tenha comprado US$1.000,00 quando o dólar custava R$3,00 cada. Você teria gasto R$3.000,00 (mais taxas), correto? Agora, suponhamos que você tenha investido em um fundo cambial R$3.000,00 (mais taxas): você teria o equivalente a US$1.000,00 travados ali, correto? Se o dólar flutuar, indo a R$4,00, por exemplo, o fundo passará a valer R$4.000,00 (aproximadamente) e os seus US$1.000,00 também valerão R$4.000,00, percebe? O mesmo aconteceria se o dólar fosse a R$2,00: não interessa se o dólar suba ou desça, você terá o equivalente a US$1.000,00, seja em moeda, seja no fundo cambial.

Isto posto, o fantasma da flutuação do câmbio ao se pagar a fatura no cartão desaparece se for utilizado fundo cambial como proteção. Assim, podemos a discutir outras questões relativas a valer ou não a pena comprar com cartão de crédito nas viagens ao exterior. Vamos poder avaliar outros fatores com isenção quanto a este aspecto. Vamos poder avaliar, portanto, questões como risco de assalto, praticidade, risco de encontrar a casa de câmbio fechada, prestação de serviços que não costumam aceitar cartão de crédito (taxistas, por exemplo).

Até a próxima.

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