Vale a pena usar cartão nas viagens ao exterior? - parte II
- Daniel Meinberg
- 31 de jul. de 2016
- 2 min de leitura
No primeiro texto desta série (clique aqui para ler) demonstramos que você pode "travar" o câmbio para evitar surpresas com a flutuação das moedas. Agora, então, estou mais à vontade para tratar de outros fatores para avaliar se vale ou não a pena utilizar cartões de crédito, débito ou pré-pago em substituição ao dinheiro em espécie.
Enquanto comprar euro, dólar, libra, peso argentino e algumas outras poucas moedas é fácil, e encontramos nas principais casas de câmbio no Brasil, outras moedas podem ser difíceis de serem encontradas. Neste caso, a pessoa tem 2 hipóteses: comprar dólar e trocar no local, ou usar o cartão. Mesmo a compra em espécie das moedas, digamos, "destacadas" deve ser bem feita, com pesquisa, pois há diferença de câmbio entre as casas, mesmo no mesmo dia e na mesma cidade.
Caso você decida pela moeda, mas não a encontre nas casas de câmbio brasileiras, para se trocar o dólar por casas de câmbio locais o cuidado deve ser o mesmo: pesquisar. Há registros de variações da ordem de 15% nas cotações em função da distância, do horário (quanto mais distinto do horário bancário, pior para o consumidor) e até da cara do freguês. Se a opção for pelo cartão, há uma vantagem: a conversão entre as moedas é mais uniforme e mais próxima da cotação utilizada para as transações interbancárias (cotação mais favorável, em geral, que as encontradas nas casas de câmbio).
Aqui creio que vale um parênteses: quanto mais turístico for o local, pior o câmbio para o turista. Assim, evite trocar moedas em aeroportos, cidades turísticas, e afins. Prefira, pois, fazer o câmbio em grandes centros. Existem exceções, claro. Mas normalmente é assim que funciona.
Outro cuidado a ser tomado em quaisquer transações com dinheiro em espécie está relacionado às notas falsas. Aí não tem choro nem vela: prejuízo líquido e certo. Outro ponto para o cartão.
Mais um ponto para o cartão: você só compra a quantidade estritamente necessária para o seu uso na viagem. Afinal, será este o valor a ser pago na fatura do cartão de crédito, ou debitado de sua conta corrente (no caso dos cartões de débito).
Por falar em risco de se viajar com dinheiro, poderíamos falar sobre o risco de assaltos. Maior para o turista endinheirado, também afeta o que viaja com cartão. Podemos falar que pende a balança um pouco favoravelmente ao cartão: um maço de dinheiro chama mais atenção ao amigo do alheio do que um cartão plástico.
E quais as vantagens de se utilizar dinheiro em espécie? Vejo duas situações especialmente: onde se obtém desconto significativo pagando-se em dinheiro ao invés de cartão, e para pequenas despesas onde não são aceitos cartões de crédito (pequenos comércios, comércio ambulante, taxis, transportes coletivos, etc.).
O que sugiro, então, que seja feito: faça o hedge utilizando um fundo cambial durante os meses que antecedem a viagem, leve um pouco de moeda em espécie, e use o cartão - com parcimônia!
Até a próxima.
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