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Sobre o Pokémon Go

  • Daniel Meinberg
  • 7 de ago. de 2016
  • 2 min de leitura

Eis a nova febre entre os viciados em games jogados via smartphone: o Pokémon Go. O joguinho criado pela Nintendo tem ganhado destaque na mídia (o que já acontecia antes mesmo de ter desembarcado oficialmente em terras tupiniquins) em razão das suas características e, digamos, consequências destas. Afinal, um programinha que recebe em torno de 10 milhões de downloads no Japão em um único dia realmente merece destaque.

A primeira consequência é que já tem gente sofrendo acidentes, invadindo propriedades, sendo presas, dirigindo e jogando ao mesmo tempo (inclusive motorista profissional, que foi demitido), enfim, tem muita gente "sem noção" brincando com isso. Teve gente que até pediu demissão para dedicar-se ao jogo. Tudo bem: tem gente que consegue fazer do hobby um meio de vida. Espero, inclusive, que esta seja uma pessoa que venha a ganhar dinheiro - e muito - ensinando técnicas a outros viciados. Asssim, o prazer será capaz de sustentar a pessoa (quem sabe, também sua família). Temo que não seja o caso, pois são pouquíssimos os casos de sucesso nessa seara.

A segunda consequência é a nova forma da Nintendo de gerar caixa. E é sobre este aspecto que pretendo aprofundar hoje. Criar um game, em si, muitos são capazes de fazer. Torná-lo lucrativo já são outros quinhentos (ou outros clientes, como preferir). Se o jogo é gratuito - e deve ser, para ganhar escala - ele precisa se viabilizar economicamente de outras formas, como patrocínios diretos e indiretos. Patrocínio direto pode incomodar o usuário que não queira em sua tela ficar vendo propaganda da Coca Cola ou do Guaraná Antárctica. Lança-se mão, então, da propaganda indireta, que pode ser muito mais eficiente neste caso. O jogo pode, entretanto, levar o jogador até a prateleira onde o Guaraná Jesus (já ouviu falar deste refrigerante tipicamente nordestino, de cor rosa e sabor extremamente doce?) está com campanha de marketing instalada, geralmente com algumas garrafas do produto prontas para serem levadas pelo consumidor. Talvez, até, criar mecanismos no jogo para que o gamer ganhe bônus, ou pontos extras, caso adquira o produto. Estou delirando? Talvez não. Não subestime os profissionais do marketing.

Por fim, destaco o desempenho das ações da Nintendo em 25/07, quando caíram simplesmente 17,7% apenas porque na noite do dia útil anterior (sexta-feira, 22/07) a empresa informou que a receita esperada com o game seria limitada e que replanejar a previsão de resultados não estava em questão naquele momento. Pus-me a pensar: o mercado acionário precisa tomar uns Rivotril da vida. Como é possível que tenham precificado tão alto a ponto de desabar em mais de 1/6 de valor em um dia apenas porque o desempenho não será tão bom (será bom, observe, mas não tão bom) quanto analistas tresloucados imaginaram que seria. Definitivamente, mercado de ações não é para amadores. Precificar algo de forma tão eufórica leva muitos a lucros astronômicos e outros a prejuízos catastróficos. Este exemplo é o da Nintendo. Poderíamos citar outros, inclusive de ações listadas na Bovespa, como Petrobras, Vale, Oi, Bradesco, Itaú e cia.

Portanto, se vai pisar por aí - e parece que o momento no mercado acionário brasileiro é promissor - recomendo cuidado. Muito cuidado.

Até a próxima.

 
 
 

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