Selic a 7,5%: e meus investimentos, como ficam

Selic em 7,5% ao ano

Nesta semana, mais precisamente ontem à noite, o Comitê de Política Monetário (COPOM) definiu a nova taxa básica de juros da economia brasileira, a SELIC, pelas próximas 6 semanas, em 7,5% ao ano. Ao mesmo tempo, sinalizou que a taxa em que a Selic vem caindo deverá reduzir-se. Com isto, o consenso de mercado refletido no boletim Focus, do Banco Central, das últimas semanas parece que acertará a taxa com a qual encerraremos o ano: 7% ao ano.

O que isto significa?

Basicamente, isto denota que o governo está disposto a pagar menos para financiar a dívida pública. Como a inflação oficial também tem caído, o spread (diferença entre a inflação e a taxa) ainda é uma das maiores do mundo. Em um cenário global de grande liquidez e baixas taxas de juros, mesmo com todas as variáveis que envolvem o mercado brasileiro esta oferta é considerada interessante por quem não tem onde investir (ou especular).

Como ficam meus investimentos?

Se seus investimentos são atrelados ao CDI, que acompanha de forma muito próxima a SELIC, o rendimento deve cair mais um pouco. Com isso, outros ativos começam a ser procurados pelos investidores. Por exemplo, a procura por imóveis para investimento (geração de renda por alugueis) tende a subir. Como a SELIC ainda vai cair mais, é possível que tenhamos um movimento ligeiro de valorização de imóveis. Em outras, não considero um bom momento para a venda, exceto se for para quitar dívidas. Afinal, os juros continuam estratosféricos.

Como ficam minhas dívidas?

Já que começamos a falar delas, aí vai. Ainda ontem, 2 grandes bancos (dentre os 5 maiores) anunciaram cortes nas taxas cobradas de seus clientes em algumas de suas linhas de crédito. Com isto, o custo do endividamento reduziu, mas continua absurdamente alto. Acredito que os demais bancos seguirão esta tendência nos próximos dias...

Espero ter ajudado. Até a próxima.